quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

a luz.

Achei que conseguiria ver a luz, mas como pode uma criatura que passou tanto tempo nas sombras evitando a claridade, agora acostumada a escuridão conseguir se expor ao brilho intenso da luz?
Como um bicho assustado, volto e corro para meu refugio sombrio e confortável, observando o que dá para ser visto daquele pequeno e escondido ponto.
A cada tentativa tola de voltar a claridade é como se a luz ferisse minha pele sensível causando cortes que quanto mais exposta, mais fundos se tornam. Tola eu imaginar que poderia viver ali fora, que poderia fazer tudo diferente e teria total controle de tudo num lugar desconhecido, novo.... Tola imaginar que daria certo, bicho que nasceu pra viver na escuridão, não pode sair dela! Nem dentro desse ser ha espaço para a luz. A claridade sempre machucará, sempre mostrará o que não podia ver e isso nem sempre é bom e muito menos....  por isso não conseguiria sobreviver aqui fora.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ciclo vicioso.

...E mais uma vez a historia se repete. Achei que havia chego o momento de curtir a calmaria desse mar, que havia depois de tanto nadar nesse mar bravo muitas vezes quase me afogando, por fim encontrado minha tabua de salvação! - mero engano!
Lá estou eu revivendo tudo outra vez, mas agora de uma forma mais rápida, não demorou nada - não que da ultima vez tivesse demorado, mas enfim agora foi muito mais ligeiro o tal momento.
Lá vou eu voltar a vestir a mascara e observar o quão forte sou antes de simplesmente abrir mão e novamente afundar nessas águas. Nada de pedir ajudar, de buscar bussola, talvez tenha chego o momento de simplesmente fechar os olhos e afundar, sem dessa vez me debater.
Realmente estou cansada de bancar a forte, estou cansada de caminhar e caminhar e no fim terminar no mesmo ponto. Devo ter vocação para isso, pois esta tudo se repetindo igual.... exatamente igual! Muda parte da tripulação e dos tubarões ameaçadores, mas no fim estou novamente vivenciando e sentindo tudo se esvair ... acho que é alguma especie de maldição que não permite que as coisas caminhe pra muito longe ou algo do genero, só sei que não quero mais lutar... e nem que mais viver isso. Talvez em breve acene sem bagagem ou qualquer objeto que me faça recordar desse mar. Talvez tenha cansado do mar e parta para algo totalmente diferente, mas antes disso é preciso desistir e morrer... para uma nova vida nascer em outro horizonte que nada tenha haver com mar.. fogo e quaisquer outro tipo de coisa que já vivi, não quero mais isso pra mim.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Queria.

Queria ser o motivo de algo, ser a esperança de alguém.
Queria que ficasse por mim, ser o motivo do sorriso de alguém.
Queria ser a força que motivasse alguém, ao mesmo tempo que fosse a segurança, fosse a insegurança.
Eu queria me sentir importante, mas importante de uma forma unica e intensa só para que sentisse que havia um proposito nisso tudo.
Queria nunca mais me sentir uma na multidão, só e esquecida num canto qualquer...
...ser menos impulsiva, mais racional!
Queria não ser eu, pois já não me sinto forte o bastante, não me sinto unica, incomum, especial, rara como descrevem....
..é como se tivessem arrancado meu valor, secado... é como se o que eu fizesse, se eu estando ou não ali fosse um "tanto faz".
Queria mesmo é que o fogo que derrete meu coração como manteiga enrijecesse e esfriasse, virando uma grande pedra de gelo permanente, queria não sentir absolutamente nada por ninguém, assim como diariamente sinto que fazem comigo, pudesse me desfazer e chutar os outros como dia apos dia os outros tem feito comigo. Queria ver o "tanto faz" em cada um a minha volta, rir sem se importar com os sentimentos alheios. Queria era me bastar a ponto de não precisar conviver com mais nenhum ser cretino, egoísta, interesseiro e sem sentimento aos quais estou cercada, mandar um foda-se para todos e sair cantarolando meus rock's que é a única coisa capaz de me teleportar para algo prazeroso e seguro.
Cansei de sentir, cansei de desculpar, cansei de me importar.
Só quero ser capaz de agir com uma venda nos olhos e fones nos ouvidos esquecendo de sentir quaisquer coisa pelas consequências de meus futuros atos.
Ou termino que me queimar até não sobrar nem mesmo o pó... ou gelo até virar uma estatua incapaz de retornar a antiga matéria.