terça-feira, 20 de agosto de 2013
prefiro as tragédias e demônios.
Mais fácil falar de tragédias de coisas ruins, o poeta escreve bem quando sofre, a inspiração parece não vir do amor, mas sim da dor que ele causa... por que isso? Tanta coisa bonita ao nosso redor, cada céu azul que surge, as flores desabrochando em campos, um amor que surge quando se menos espera, um cafuné que nos conforta... tem tanta coisa que nos dá prazer, tanta coisa para aquecer nosso coração e poder servir de inspiração para serem ditas ou escritas... e mesmo assim boa parte preferem as trevas -eu sou uma destas- por que o mal parece mais prazeroso e meus textos mais interessantes? Prefiro matar demônios, sangrar malditos ao falar de uma vida que acaba de chegar a este maldito mundo para alegria de uma família que tanto sonhava com "esse dia", ou descrever como é se sentir quando se ama - pura balela! -, a Dama do Fogo prefere mostrar-se amarga? Não! Apenas faz parte do meu intimo buscar algo a mais, tentando afirmar sua personalidade e diferencial num mundo de uniformizados. Nem eu sei o que esperar daqui de dentro, ao mesmo tempo que o comum pode me atrair num momento, no outro pode me cansar, o que sei é que o tom vermelho do sangue me fascina, os diversos tons do céu ao anoitecer me domina, não que um belo dia de sol não agrade meus olhos, mas enjoo facilmente depois de um tempo observando...
reflexão.
Algo corrói minhas idéias, devaneios andam fazendo parte constantemente aqui dentro... fico perdida, buscando reações, respostas e absolutamente nada acontece. Que maldito martírio é esse que anda rondando ha algum tempo minha mente, minha vida? Complexo quando não conseguimos decifrar o que só nós mesmos podemos.....
Hoje não poderei ser minha própria psiquiatra.
Hoje não poderei ser minha própria psiquiatra.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
o regresso.
Pensei ter esquecido o caminho até este lugar, lugar que por um bom tempo habitei, me reinventei e cheguei a amaldiçoar enterrando as dores passadas.
Pensei que não voltaria a pisar neste chão ao qual arrastei moveis, baguncei e ordenei cada momento uma nova bagunça, ao meu gosto é claro!
Mas numa noite escura e solitária como esta me pus a andar, andar sem destino, sem planos... e tantos passos dei sem grandes planos ou se quer um mapa desenhado em minha mente, apenas dei um passo após o outro e quando me dei conta aqui estava! Surpresa, olhei ao redor e pude ver minha ultima "arrumação", muito pó junto com amargura desde a ultima vez que coloquei meus pés nesse local. E hoje não muito diferente, o sentimento é parecido, coração negro ditando meus movimentos, mesmo não sendo o mesmo motivo da ultima vez, estou aqui para jogar coisas no chão, puxar os lençóis que um dia foram brancos e hoje ganham um tom pastel, também aproveito as velhas latas de tintas e as abro, taco nas paredes como se preparasse uma arte moderna.... tanta desordem para simbolizar minha desordem e minha eterna guerra.
O silencio ainda me deixa surda e ferida, - cade?
Posso procurar esperançosamente, mas no fundo sei que de nada adianta... pois não vou encontrar, estou presa nisso e ninguém pode jogar a corda e se tentarem, será como armadilha para eu mesma me enforcar. Me iludi esperando bondade e sinceridade daqui ou de qualquer outro canto, a realidade me abate e me mostra o quão amargo é o sabor da vida e do futuro que me espera....
Pensei que não voltaria a pisar neste chão ao qual arrastei moveis, baguncei e ordenei cada momento uma nova bagunça, ao meu gosto é claro!
Mas numa noite escura e solitária como esta me pus a andar, andar sem destino, sem planos... e tantos passos dei sem grandes planos ou se quer um mapa desenhado em minha mente, apenas dei um passo após o outro e quando me dei conta aqui estava! Surpresa, olhei ao redor e pude ver minha ultima "arrumação", muito pó junto com amargura desde a ultima vez que coloquei meus pés nesse local. E hoje não muito diferente, o sentimento é parecido, coração negro ditando meus movimentos, mesmo não sendo o mesmo motivo da ultima vez, estou aqui para jogar coisas no chão, puxar os lençóis que um dia foram brancos e hoje ganham um tom pastel, também aproveito as velhas latas de tintas e as abro, taco nas paredes como se preparasse uma arte moderna.... tanta desordem para simbolizar minha desordem e minha eterna guerra.
O silencio ainda me deixa surda e ferida, - cade?
Posso procurar esperançosamente, mas no fundo sei que de nada adianta... pois não vou encontrar, estou presa nisso e ninguém pode jogar a corda e se tentarem, será como armadilha para eu mesma me enforcar. Me iludi esperando bondade e sinceridade daqui ou de qualquer outro canto, a realidade me abate e me mostra o quão amargo é o sabor da vida e do futuro que me espera....
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