sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

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E mais uma vez vem esses mesmos sentimentos, esse mesmo bolo de sentir e não sentir. Motivada a eles e outros tantos fatores estou aqui. Pode rir, comemorar se entender o que acontece aqui dentro!
Não quero esperar mais nada e nem nunca quis que esperassem de mim, uma mera pecadora, uma simples pessoa de carne e osso que pendurou as chuteiras e parou de tentar se esforçar para agradar e conquistar seu lugar a lua - seu paraíso particular.
Sempre sentindo os trilhões de olhos a observa-la mesmo sabendo que nem todos os olhares eram maldosos, mas descrente em que dessa vigilância sairia algo de bom....
O que resta agora é contar os milhos naquele teclado velho e semi aposentado. Não adianta resmungues, tentar falar algo mais quando todas as pedras foram jogadas, quando tudo foi olhado e assistido do angulo preferido de cada par de olhos.
...E asim vou tentando afogar cada um daquilo que tanto me consome, vomitando e chutando palavras sabendo que tá tudo bagunçado, fora de ordem, que haverão erros de concordância... pra que tentar fazer bonito se não terá valor algum?
Isso só são mesmo gritos sufocados, que a tanto tento abafar!
Nada fas sentindo algum e nem tente achar sentido, pq a unica pessoa que pode entender, é a mesma que cata os milhos aqui.
Desempoeirei tudo, mas tudo continua do mesmo jeito, nem parece que foi mexido e fd-se! Tá bom assim, sempre foi assim e continuará cheia das teias, com o ar maluco e sombrio. Essa é minha casa e nao espero que ninguém goste ou tente ajeitar ou decifrar onde foi parar o resto da decoração.
Olhando daqui a lua cuja a qual não consegui meu pedaço, a noite parece solitária e fria apesar do calorão, me chama pra me afundar na caixa dura e esquecer dela por algumas horas, até que novamente surjam noite apos noite me atormentando com seu brilho agora ofuscado.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

prefiro as tragédias e demônios.

Mais fácil falar de tragédias de coisas ruins, o poeta escreve bem quando sofre, a inspiração parece não vir do amor, mas sim da dor que ele causa... por que isso? Tanta coisa bonita ao nosso redor, cada céu azul que surge, as flores desabrochando em campos, um amor que surge quando se menos espera, um cafuné que nos conforta... tem tanta coisa que nos dá prazer, tanta coisa para aquecer nosso coração e poder servir de inspiração para serem ditas ou escritas... e mesmo assim boa parte preferem as trevas -eu sou uma destas- por que o mal parece mais prazeroso e meus textos mais interessantes? Prefiro matar demônios, sangrar malditos ao falar de uma vida que acaba de chegar a este maldito mundo para alegria de uma família que tanto sonhava com "esse dia", ou descrever como é se sentir quando se ama - pura balela! -, a Dama do Fogo prefere mostrar-se amarga? Não! Apenas faz parte do meu intimo buscar algo a mais, tentando afirmar sua personalidade e diferencial num mundo de uniformizados. Nem eu sei o que esperar daqui de dentro, ao mesmo tempo que o comum pode me atrair num momento, no outro pode me cansar, o que sei é que o tom vermelho do sangue me fascina, os diversos tons do céu ao anoitecer me domina, não que um belo dia de sol não agrade meus olhos, mas enjoo facilmente depois de um tempo observando...



reflexão.

Algo corrói minhas idéias, devaneios andam fazendo parte constantemente aqui dentro... fico perdida, buscando reações, respostas e absolutamente nada acontece. Que maldito martírio é esse que anda rondando ha algum tempo minha mente, minha vida? Complexo quando não conseguimos decifrar o que só nós mesmos podemos.....


Hoje não poderei ser minha própria psiquiatra.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

o regresso.

Pensei ter esquecido o caminho até este lugar, lugar que por um bom tempo habitei, me reinventei e cheguei a amaldiçoar enterrando as dores passadas.
Pensei que não voltaria a pisar neste chão ao qual arrastei moveis, baguncei e ordenei cada momento uma nova bagunça, ao meu gosto é claro!
Mas numa noite escura e solitária como esta me pus a andar, andar sem destino, sem planos... e tantos passos dei sem grandes planos ou se quer um mapa desenhado em minha mente, apenas dei um passo após o outro e quando me dei conta aqui estava! Surpresa, olhei ao redor e pude ver minha ultima "arrumação", muito pó junto com amargura desde a ultima vez que coloquei meus pés nesse local. E hoje não muito diferente, o sentimento é parecido, coração negro ditando meus movimentos, mesmo não sendo o mesmo motivo da ultima vez, estou aqui para jogar coisas no chão, puxar os lençóis que um dia foram brancos e hoje ganham um tom pastel, também aproveito as velhas latas de tintas e as abro, taco nas paredes como se preparasse uma arte moderna.... tanta desordem para simbolizar minha desordem e minha eterna guerra.
O silencio ainda me deixa surda e ferida, - cade?
Posso procurar esperançosamente, mas no fundo sei que de nada adianta... pois não vou encontrar, estou presa nisso e ninguém pode jogar a corda e se tentarem, será como armadilha para eu mesma me enforcar. Me iludi esperando bondade e sinceridade daqui ou de qualquer outro canto, a realidade me abate e me mostra o quão amargo é o sabor da vida e do futuro que me espera....



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

o casulo.

Durante muito tempo preguei coisas que de fato acreditei, mas não conseguir executar até o fim, sempre no meio do percurso algo me prendia e me fazia parar e mudar novamente minha direção para retornar de onde havia partido. Demorei, houve infinitas brigas até de fato alguém me jogar contra a luz do sol e só assim eu poder ver a realidade. Assim pude parar de me enganar com os "e se...".
Quando queremos mudanças, a mudança tem que partir de nós para enfim o que esta a nossa volta mude também, o complexo é ter coragem de mudar e saber de que forma mudar para que as mudanças seguintes não se tornem surpresas desagradáveis. Esse não foi meu dilema, já estava no fundo do poço mesmo, então o que viesse a seguir, a partir das minhas mudanças radicais seria lucro!
E cá estou eu, digerindo dia após dia cada fato ocorrido indesejável mas necessário para conseguir me libertar de mais um passado. Sobrevivi, não digo que terminei de me moldar, que estou firme e forte novamente e pronta para o que der e vier, estaria novamente mentindo para mim mesma! Nem digo que voltarei em breve aqui, não... não sei se voltarei, esse território ainda não me inspira segurança para que continue minha metarmofose e luta diária, é mais fácil, seguro voltar para meu casulo e ficar lá até outro momento de segurança e coragem me faça sair de lá e me permita percorrer por terras as quais já me senti livre e segura. Não quero regressar, não quero mais cometer os mesmos erros que me levarão ao mesmos momentos de dor, por isso ainda renuncio aqui e qualquer outro lugar que não seja meu casulo. Não sei quando e se um dia deixarei de habitar meu atual lar e voltarei a me arriscar nesses locais perigosos aos quais sinto que não faço mais parte.
Desejo ser livre disso tudo e apagar o que já se foi, desejo paz, uma insanidade sadia e novos ares, ares inofensivos....

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

a luz.

Achei que conseguiria ver a luz, mas como pode uma criatura que passou tanto tempo nas sombras evitando a claridade, agora acostumada a escuridão conseguir se expor ao brilho intenso da luz?
Como um bicho assustado, volto e corro para meu refugio sombrio e confortável, observando o que dá para ser visto daquele pequeno e escondido ponto.
A cada tentativa tola de voltar a claridade é como se a luz ferisse minha pele sensível causando cortes que quanto mais exposta, mais fundos se tornam. Tola eu imaginar que poderia viver ali fora, que poderia fazer tudo diferente e teria total controle de tudo num lugar desconhecido, novo.... Tola imaginar que daria certo, bicho que nasceu pra viver na escuridão, não pode sair dela! Nem dentro desse ser ha espaço para a luz. A claridade sempre machucará, sempre mostrará o que não podia ver e isso nem sempre é bom e muito menos....  por isso não conseguiria sobreviver aqui fora.



segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ciclo vicioso.

...E mais uma vez a historia se repete. Achei que havia chego o momento de curtir a calmaria desse mar, que havia depois de tanto nadar nesse mar bravo muitas vezes quase me afogando, por fim encontrado minha tabua de salvação! - mero engano!
Lá estou eu revivendo tudo outra vez, mas agora de uma forma mais rápida, não demorou nada - não que da ultima vez tivesse demorado, mas enfim agora foi muito mais ligeiro o tal momento.
Lá vou eu voltar a vestir a mascara e observar o quão forte sou antes de simplesmente abrir mão e novamente afundar nessas águas. Nada de pedir ajudar, de buscar bussola, talvez tenha chego o momento de simplesmente fechar os olhos e afundar, sem dessa vez me debater.
Realmente estou cansada de bancar a forte, estou cansada de caminhar e caminhar e no fim terminar no mesmo ponto. Devo ter vocação para isso, pois esta tudo se repetindo igual.... exatamente igual! Muda parte da tripulação e dos tubarões ameaçadores, mas no fim estou novamente vivenciando e sentindo tudo se esvair ... acho que é alguma especie de maldição que não permite que as coisas caminhe pra muito longe ou algo do genero, só sei que não quero mais lutar... e nem que mais viver isso. Talvez em breve acene sem bagagem ou qualquer objeto que me faça recordar desse mar. Talvez tenha cansado do mar e parta para algo totalmente diferente, mas antes disso é preciso desistir e morrer... para uma nova vida nascer em outro horizonte que nada tenha haver com mar.. fogo e quaisquer outro tipo de coisa que já vivi, não quero mais isso pra mim.