quinta-feira, 13 de setembro de 2012

prepare-se.

Eu tenho algo pra você. Algo que não julgo bom, mas talvez seja o que você mereça de mim.
Eu tenho um brinde a lhe fazer. Espero que não morra engasgado antes do veneno fazer efeito, nada melhor do que uma morte lenta, para ser apreciada em todos os aspectos, sentindo o veneno entrar e apodrecer, queimar cada cm por onde passar.
Eu tenho muito a lhe dizer, mas creio que meu silêncio junto ao meu sorriso sarcástico e meu olhar frio machuquem mais.
Ah... você vai pagar, você irá sentir tudo o que merece de mim, se o que eu tinha de melhor você tomou, usou e depois desperdiçou ...nunca valorizou, nunca! Então quem sabe tendo o pior saberá lembrar dessa Dama que esteve sempre próxima, estendendo a mão e lhe acolhendo nos seus piores dias, lhe reerguendo para voltarem e ate afundar, sempre o salvando da lama que formavam ao seu redor. Os falsos, os porcos sempre foram melhores recompensados e lembrados, enquanto a mim, servia de bibelô em sua estante, como um mero enfeite... prepare-se, pois chegou o momento de descobrir do que essa Dama é feita.




a arrumação.

Realmente tem dias que tudo se torna desgastante e cansativo, onde o que era magico e belo ontem se torna sem graça e chato hoje. Onde tudo era ordem, agora é desordem e vice versa. Muita coisa vem ocorrendo e não sei onde me tornei tão critica, pois venho me perguntando: o que anda acontecendo por aqui? porque parece que nada está do jeito que deixei desde a ultima vez que deixei a casa em ordem? pq as meias estão fora da gaveta? e os livros desordenados em cima da mesinha? os tênis jogados ao corredor?
Está confuso isso, não lembro de ter deixado as coisas desse jeito, ai me pego sentada ao meio daquela bagunça, tentando refazer meus passos para ver se não fui eu mesma quem bagunçou tudo e saiu para algum canto e esqueceu que não tinha arrumado a casa. Mas por mais que eu force a memória, lembro de ter ajeitado tudo, perdido horas deixando tudo arrumado, a casa brilhando... outra pessoa esteve aqui e bagunçou, usou copos, pratos e talheres e largou espalhados, e assim fez com outros objetos da minha casa.  E o que fazer? Brigar com o desconhecido que veio ao meu canto e fez a maior zona? Acho que não... tbm creio que fechaduras novas não elimine o problema e nem sei se seria o melhor.. mudar de casa? Vou fugir até quando? Será que o jeito é deixar tudo bagunçado então e viver no meio da zona? Uma vez que não é sempre que vou acordar com o espirito de faxineira, - afinal de contas tenho meus momentos preguiça! - também não vou rir e achar graça de tudo, pois como diz uma música ai "porque rir de tudo é desespero".
Preciso reformular regras? Sei lá! Preciso arrumar uma formula eficácia de que minha arrumação dure, pelo menos dure tempo o suficiente até eu estar pronta para uma nova arrumação.





o que sobra pra mim?

O que sobra pra mim?
...meio sorrisos e quase todos forçados/falsos?
...muito obrigado/a?
...uma hora com cinquenta por cento de silêncio?
....distancia?
....frio onde todos reclamam do calor absurdo que vem fazendo?
...piadinhas sem graça, esperança, ilusão de que seja passageiro o que se torna cada dia mais presente?
...tédio, observar outros recebendo o que já nem sei muito bem o que é?
Posso citar tantas coisas, posso filosofar sobre isso, mas a verdade é que juntando tudo a combinação não é das melhores. Mas persisto em continuar, persisto porque sou assim, porque assim tenho sobre o que me inspirar e como confundir quem pisa nessas terras, porque lá sou presa, mas aqui sou livre para ordenar palavras, fazer e desfazer castelos/sonhos ...e eu gosto disso, gosto do poder que tenho, por isso aqui ainda acaba sendo melhor do que qualquer outro canto.
Aqui posso traçar meus caminhos, decidir ao fim de haverá um feliz para sempre ou uma tragédia em cada história que aqui conto. Em cada canção decidir seu ritmo e sobre o que cantar. Aqui posso demonstrar toda minha raiva ou descontentamento que certamente você não saberá a raiz disso, se é apenas fictício ou real e se é para você -aponto na direção do leitor - que escrevi ou não, ou para aquela - olho para outro espectador curioso- pessoa. Enfim... o mais divertido é isso, mando e desmando, confundo e desconfundo, não devo satisfações sobre o que registro aqui. Liberdade total... e volto a dizer: o que sobra pra mim? ...e pra você, meu caro leitor... o que sobra para você? É o bastante? É satisfatório?




quarta-feira, 5 de setembro de 2012

o caminho.

Em algum ponto daquela estrada eu me perdi, olhava para um lado, para o outro e já não sabia mais o caminho a seguir. Todos os caminhos pareciam tão semelhantes, mas sabia que levariam a destinos diferentes. Não sei onde me desliguei e me perdi, não sabia mais como voltar e nem para onde continuar minha jornada. O caminho até ali parecia tão bonito, florido e cheios de atrativos que parecia perfeito de mais, armadilha do diabo para justamente me desviar, me distrair e me perder. E agora? Parada ali, no meio, com várias ruas e em duvida, confusa... esqueci de me precaver ..não tinha mapa, nem bussola, apenas meu instinto falho que facilmente me traíra e voltaria a fazer por algo bonito que voltasse a me distrair. Agora me encontrava só.. no marasmo tedioso das minhas ideias, assustada, sedenta de novas emoções e fervilhando pela duvida. Nada se movia, parecia um abandono total, onde nada respirava além de mim, onde tinha me metido? Como faria para achar o caminho certo que me levaria ao mais fascinante lugar, onde voltaria a ter paz e segurança? Brigava mentalmente comigo exigindo que eu respirasse fundo, tivesse calma que logo acharia uma solução e assim poderia trilhar meu trajeto paradisíaco. Ainda não foi dessa vez, ainda continuo buscando criatividade para encontrar pistas que me traga de volta ao caminho certo, sinto que estou cada vez mais perto, só eu não deixar me cegar novamente por coisas falsamente belas, esculpidas pelos demônios da inveja e desacordo que chegarei onde tanto anseio!



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

a noitada.

Entre mesas, músicas do bom, velho e clássico rock, estranhos e copos estava. Não me importava com gritos e gargalhadas escrachadas, palavrões e barbados tatuados, até me sentia em casa, mesmo no meio de pouca limpeza, muito álcool e um entra e sai infernal, pouco ligava, minha atenção estava voltada para aquela garrafa, a qual namorara a noite toda antes de três outras. Num canto mais escondido, perto do balcão com iluminação falha me mantive, bloqueada pela longa franja vermelha caída sobre meus olhos borrados e um capuz mantendo o mistério sobre o resto do conjunto. Apenas acompanhada dos meus conflitos internos e o copo. A música parecia boa, dando a trilha daquela noite, não me sentia ameaçada por não ser barbada, sabia onde estava e que ali ninguém me importunaria. A cada copo a consciência parecia mais distante, levando consigo o que me irritava e incomodava, logo os sorrisos e risos interiores pareciam menos tímidos e o consolo grudado como minha sombra. Aproveitei o momento, fiz dentro de mim euforia e o tal do carpe diem brotar como filosofia daquela noite. As palavras pareciam sair mais rápidas do que meus pensamentos e antes que me entendesse nem mesmo sabia com quem falava, só consigo me lembrar que ria com tal liberdade que ha um bom tempo não fazia.... A noite foi ficando esquecida, que só me lembrei dela até aqui e também agora pouco me importa como foi que apareci na minha cama de pijamas, nem sei se queria ter saído daquela noite, pois hoje tudo parece igual, menos risonho, mais problemático e irritante, felicidade ilusória que durou apenas algumas horas e agora voltou a realidade acompanhada de uma bruta dor de cabeça, mas compensou, compensou me libertar desse mundo por algumas horas e fingir que na verdade tudo é um circo, alegre, colorido, engraçado, cheio de simplicidade e leveza!





sábado, 1 de setembro de 2012

algo estranho aqui.

Será que isso é só comigo ou com você também ocorre o mesmo?
Será que só eu que fico pensando e repensando, descobrindo onde as coisas ficam estranhas e me confundem? Se fui eu que senti de mais ou de menos, se eu que fico inquieta e irritada, querendo esmurrar a parede e parar de me agoniar atoa (ou não)? Porque sou assim? Porque não consigo viver em paz, simplesmente por uma pedra em cima de determinado assunto e pensar em outra coisa e desligar dos que me encomoda? Falam, todos falam que não é possível mudar algo nosso, pois dai deixaríamos de ser o que hoje somos, você mesmo me disse isso, mas ah.. como eu penso e tenho vontade de mudar, pra ver se viro uma pessoa melhor e menos estressada, encanada...
Porque sinto que algo esta diferente? Será que eu é que estou diferente?
Vou confessar... esse silencio me machuca, me deixa insegura. O problema deve ser eu, intensidade de mais, me entregar de mais e agora tentar brecar sentindo que não é momento de dar mais, sou exagerada mesmo e pago por meus excessos.
Confusa, afundarei essa mente pesada em algum lugar macio e tentarei colocar minhas músicas mais agitadas e barulhentas o mais alto possível para tentar ir para outra dimensão e dar o espaço que você parece desesperadamente precisar e torcer para que sinta o mesmo que eu e que a falta que eu sinto seja tão ruim quanto é para mim - não que deseje algo de ruim, mas para que estejamos ainda na mesma sintonia.
Será que desaprendi como te encantar?