sábado, 22 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
O funeral.
Preciso gritar, mas me sinto sem voz, quero esmurrar paredes, sacudir alguns que não veem que a vida é mais do que o que há em volta dos seus próprios umbigos. Estou tão cansada, tão cansada que nem uma gota de lagrima consigo produzir, por dentro tudo esta devastado num misto de escuridão, trevas e vazio... como pode bagunça e nada ocupar o mesmo espaço?
Por que quando parece que estou lá a frente, parece que volto 10 passos para trás?
Há tanto a ser dito, mas ninguém quer ouvir, ninguém quer me ver, ninguém que me sentir.... Entendo... é mais fácil, é melhor acreditar no que os seus olhos veem, acreditar numa mentira bonita do que na realidade obscura!
Estou enfurecida, será que se for agressiva cairá na realidade e ver o quão imatura é? E egoísta?
Pode parar um pouco de olhar pra si mesma e prestar atenção em mim que incessivamente estendo as mãos para que me ajude? Não, você não é capaz, você mesmo quando quer me ajudar, faz errado, aponta o dedo em minha cara e me critica, me julga, mas jamais entenderá o que sinto..... sei que quer meu bem, mas não sabe como amenizar minhas angustias.
Vejo tanta coisa errada, tanta coisa me massacrando, me matando mais um pouquinho que consigo avistar a pouco meu funeral.
O que vocês querem de mim? Será que alguém aqui realmente se importa com minha dor? Pelo menos respeita? Será que alguém aqui se preocupa de fato? Será que alguém consegue ver o quanto já morri?
Já nem sei se há jeito para evitar o inevitável... -preparo meu vestido negro favorito para o grande evento.
Por que quando parece que estou lá a frente, parece que volto 10 passos para trás?
Há tanto a ser dito, mas ninguém quer ouvir, ninguém quer me ver, ninguém que me sentir.... Entendo... é mais fácil, é melhor acreditar no que os seus olhos veem, acreditar numa mentira bonita do que na realidade obscura!
Estou enfurecida, será que se for agressiva cairá na realidade e ver o quão imatura é? E egoísta?
Pode parar um pouco de olhar pra si mesma e prestar atenção em mim que incessivamente estendo as mãos para que me ajude? Não, você não é capaz, você mesmo quando quer me ajudar, faz errado, aponta o dedo em minha cara e me critica, me julga, mas jamais entenderá o que sinto..... sei que quer meu bem, mas não sabe como amenizar minhas angustias.
Vejo tanta coisa errada, tanta coisa me massacrando, me matando mais um pouquinho que consigo avistar a pouco meu funeral.
O que vocês querem de mim? Será que alguém aqui realmente se importa com minha dor? Pelo menos respeita? Será que alguém aqui se preocupa de fato? Será que alguém consegue ver o quanto já morri?
Já nem sei se há jeito para evitar o inevitável... -preparo meu vestido negro favorito para o grande evento.
sábado, 15 de dezembro de 2012
a cela.
Presa na jaula que eu mesma criei, aqui me sinto segura, me sinto em paz, posso deixar a amargura me corroer e gritar sem a preocupação de que alguém me ouça e tente bancar o herói ou heroína tentando me tirar do destino que eu mesma escrevi para mim.
Confinada dentro de mim mesma, no mais absoluto silencio, permitindo viver em meio meus aos meus delírios e loucuras, me permito ser fraca e chorar o quanto desejar.
Envolta pela solidão que escolhi para mim, não me desespero, nem sei por que ainda me surpreendo ao ver uma masca cair, ali, do meu local secreto, onde tudo vejo mas ninguém me ve, ninguém tem mais acesso a mim......
Não existe mais nós, não existe mais eles, não existe mais fogo. existe escuridão, silencio, enrijecimento, um caos mortífero, sombras.... Fiz questão de perder a chave da minha cela e me esquecer ali.
Não tente entender o porque, como ou até quando, não busque respostas para coisas que apenas tem que acontecerem e lembre-se... nada é eterno.
Confinada dentro de mim mesma, no mais absoluto silencio, permitindo viver em meio meus aos meus delírios e loucuras, me permito ser fraca e chorar o quanto desejar.
Envolta pela solidão que escolhi para mim, não me desespero, nem sei por que ainda me surpreendo ao ver uma masca cair, ali, do meu local secreto, onde tudo vejo mas ninguém me ve, ninguém tem mais acesso a mim......
Não existe mais nós, não existe mais eles, não existe mais fogo. existe escuridão, silencio, enrijecimento, um caos mortífero, sombras.... Fiz questão de perder a chave da minha cela e me esquecer ali.
Não tente entender o porque, como ou até quando, não busque respostas para coisas que apenas tem que acontecerem e lembre-se... nada é eterno.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Hoje, justamente hoje.
Posso falar sobre o mundo, sobre a lua, sobre o frio... posso falar sobre tantas coisas, mas pra que falar sobre tantas coisas se no momento me tornaria superficial? Gosto de falar sobre o que me toca fundo, sobre o assunto que no momento me empolga, me atinge, me corrói, me fascina..... Gosto de tirar do fundo da minha alma algo e trazer para compartilhar com você!
Sou intensa, sou puro sentimento, expressão.... quero que veja o que vejo, que sinta o que sinto... para quem sabe então possa entender e só um pouco me desvendar.
Gosto tanto de falar... e justamente hoje, não quero, não consigo.... é como se minha alma tivesse esvaziado e um silencio ensurdecedor tomasse conta de todo meu interior....... Hoje, justamente hoje estou nula, oca.... hoje, justamente hoje não tenho o que compartilhar, não tenho o que expressar, alias, tenho sim: um vazio..... um branco neutro!
Sou intensa, sou puro sentimento, expressão.... quero que veja o que vejo, que sinta o que sinto... para quem sabe então possa entender e só um pouco me desvendar.
Gosto tanto de falar... e justamente hoje, não quero, não consigo.... é como se minha alma tivesse esvaziado e um silencio ensurdecedor tomasse conta de todo meu interior....... Hoje, justamente hoje estou nula, oca.... hoje, justamente hoje não tenho o que compartilhar, não tenho o que expressar, alias, tenho sim: um vazio..... um branco neutro!
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
a dimensão.
Por mais que busque olhar para os lados, não vejo ninguém...
Por mais que ouça pessoas em volta, não as sinto ....
Por mais tente tocar, pedir ajuda, parece que ninguém me nota....
...e assim vou seguindo, parecendo estar me outra dimensão onde ninguém está lá... e todos são ninguém.
As ideias se confundem, meu senso do que é certo e errado se fundem e tudo fica confuso, forço os olhos para tentar achar alguém, ajuda, mas é tudo em vão. Quanto tempo mais durará isso?
Por mais que ouça pessoas em volta, não as sinto ....
Por mais tente tocar, pedir ajuda, parece que ninguém me nota....
...e assim vou seguindo, parecendo estar me outra dimensão onde ninguém está lá... e todos são ninguém.
As ideias se confundem, meu senso do que é certo e errado se fundem e tudo fica confuso, forço os olhos para tentar achar alguém, ajuda, mas é tudo em vão. Quanto tempo mais durará isso?
sábado, 8 de dezembro de 2012
Desistência.
Estou cansada, realmente cansada de mascaras, ha um bom tempo renunciei o cargo de observadora que tudo vê e tudo desvenda, desisti de ler a alma das pessoas, vesti meu manto da preguiça e agora me permito ver o que querem me mostrar, sem mais tentar perceber se realmente é a verdade ou não.
Cansei de jogos escorregadios, de tanta manipulação... estendi a bandeira branca pondo fim aos jogos e do outro lado do tabuleiro estendi a bandeira negra, matando o que estava me matando, num ato de salvar-me dos fantasmas decidi que era hora de parar, apontar o gatilho na direção onde os sons me ensurdeciam, fechei meus olhos e simplesmente apertei o gatilho. Não quis ver onde acertei, se foi letal ou se jorrou sangue, não quis me sujar dessa vez, não quis participar muito de perto, sempre me sujei, tentando salvar afogados de areias movediças e tantas outras armadilhas, muitas vezes quase fui puxada para a armadilha junto, mas dessa vez me acovardei..... de repente fiquei mais esperta e permiti que cada um caminhasse com suas próprias pernas e eu trilhasse para algum caminho só, buscando um luz em meu caminho sombrio.
Não sei onde vai dar esse caminho e nem se haverá luz ou mais escuridão, tudo tão incerto quanto o tiro de misericórdia que deveria ter dado em mim, mas preferi dar no que me assombrava.
Se tiver que cair no buraco.... deixe-me, pois sou um caso perdido, não ha salvação e não quero sua ajuda e nem a de mais ninguém, se tiver que sobreviver... será ao meu modo, por si só.... vc já fez de mais, todos fizeram, me arrancaram sorrisos e depois meu sangue, usaram, abusaram.... e sem mais nem menos, como um brinquedo que perde a graça e é esquecido numa prateleira, fui esquecida, adormecida sob os lençóis que o roxo tomou conta.
Cansei de jogos escorregadios, de tanta manipulação... estendi a bandeira branca pondo fim aos jogos e do outro lado do tabuleiro estendi a bandeira negra, matando o que estava me matando, num ato de salvar-me dos fantasmas decidi que era hora de parar, apontar o gatilho na direção onde os sons me ensurdeciam, fechei meus olhos e simplesmente apertei o gatilho. Não quis ver onde acertei, se foi letal ou se jorrou sangue, não quis me sujar dessa vez, não quis participar muito de perto, sempre me sujei, tentando salvar afogados de areias movediças e tantas outras armadilhas, muitas vezes quase fui puxada para a armadilha junto, mas dessa vez me acovardei..... de repente fiquei mais esperta e permiti que cada um caminhasse com suas próprias pernas e eu trilhasse para algum caminho só, buscando um luz em meu caminho sombrio.
Não sei onde vai dar esse caminho e nem se haverá luz ou mais escuridão, tudo tão incerto quanto o tiro de misericórdia que deveria ter dado em mim, mas preferi dar no que me assombrava.
Se tiver que cair no buraco.... deixe-me, pois sou um caso perdido, não ha salvação e não quero sua ajuda e nem a de mais ninguém, se tiver que sobreviver... será ao meu modo, por si só.... vc já fez de mais, todos fizeram, me arrancaram sorrisos e depois meu sangue, usaram, abusaram.... e sem mais nem menos, como um brinquedo que perde a graça e é esquecido numa prateleira, fui esquecida, adormecida sob os lençóis que o roxo tomou conta.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Um lugar ao por do sol.
Buscando fazer o certo, talvez tenha errado, dado um tiro no pé, sentindo a dor do tiro tampei meus olhos para mais uma vez mudar a direção podendo agora abrir os olhos e ver uma nova vista, caminhar deixando o rastro de sangue, mancando para aquele por do sol que me deslumbrava. Seguindo sem medo de errar, sem medo de me perder, apenas curiosa com o novo mundo que ali estava prestes a descobrir. Sem olhar para trás, pois aquilo sim me causava frio na espinha, me dava medo, medo de avistar a fumaça do incêndio que deixei naquele espaço por onde habitei no passado tão próximo ainda. Lutando para não perder o foco das novas possibilidades que o desconhecido me abrira... desejando algo novo e bom, muito melhor do que tudo já vivenciado anteriormente, a vista era linda quanto mais me aproximava do novo local, tudo me agradava, energias novas, boas que me tornava cada vez mais forte e decidida, conseguindo manter a consciência do que era bom e certo para mim, permitindo unicamente pensar apenas em mim e ser egoísta desta vez.
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