Eis aqui meu esconderijo, aqui onde as palavras tomam forma, meus lamentos ganham asas, pertubações são liberadas, segredos são desfeitos, meu mergulho interior.
Aqui onde posso gritar sem me preocupar se serei ouvida ou o que pensarão de mim. Onde não devo satisfação e nem ninguém terá certeza se é real ou ilusão o que relato e se real para quem posso direcionar minhas duras, frias, amargas palavras.... ou declarações doces, exageradas sem precisar vestir a capa da timidez, não vou ligar se tomar algo daqui para você ou não. Nunca disse o que foge a realidade e o que são relatos vividos e sentidos.
Aqui sou fogo, sou chama, sou incêndio, sou brasa.. ou o que eu quiser ser. No momento me descreveria como uma brasa singela e quase imperceptivel, daquelas que se não tomar cuidado, encosta e quando perceber estarás queimado. Posso ainda deixar uma cicatriz, quem sabe quanto tempo levarás para sentir que esqueceu sua mão repousada em mim? Quanto tempo levarás para parar de reparar no que passas em sua volta ou dentro de si para sentir meu calor te queimar? Não que é isso que eu queira, mas o que posso fazer? Gritar? Não tenho voz para chamar sua atenção, nem mesmo cérebro nesse momento. Sou apenas uma brasa, imóvel, sem voz...
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